domingo, 11 de outubro de 2009

Renato Manfredini Júnior


" O poeta, o musico, o cara.
Sua musica, sua poesia, sua visão, seu estilo, incomparável. Você sim faz muita falta aqui. "

Dia 11 de outubro de 1996, foi o dia em que Renato Russo morreu.
Renato Russo conseguia traduzir, em suas letras, o que passava pela cabeça de todos desde a Geração Coca-Cola dos anos 80, até a nossa “grande geração perdida” dos anos 90. E além disso a cada dia, suas palavras tomavam mais sentido, que é único para cada pessoa e situação.
Seus discos falavam de tudo. O primeiro: revoltado, o segundo: amoroso, o terceiro: irado, o quarto: religioso, o quinto: sombrio, o sexto: reflexivo, o sétimo: deprimido, e o oitavo: redentor.
Renato Russo morreu. Para todos: vencido pela AIDS, o mal do século. Para mim: vencido pela solidão, o mal do século, como ele próprio dizia. Não tinhas mais razão para viver. Deixou um filho que era adotivo, sem lhe contar a verdade, o que deve ter sido um choque.
Na capa do álbum solo “Equilíbrio Distante” existem desenhos do menino Giuliano – seu filho.
Antes de morrer, ele estava sozinho. Foi encontrado morto na madrugada do dia 11 de outubro de 1996. Deixou a barba crescer até o peito, estava super-magro. Uma vez comentou sobre o coquetel de drogas controladoras da AIDS: “É como se eu comesse um cachorro vivo, e ele me comesse por dentro.”
Num outro álbum-solo, a foto dele com sua irmã e mais tudo o que ele gostava: Jesus Cristo com o símbolo gay, revistas gays, lembranças de namorados, Bob Dylan, anjos (fotos) que recebia de seus fãs.
O número de seus shows cada vez diminuía mais. Ele era muito temperamental. Culpa de seus namorados.
Era um intelectual, contraste com o fato de ser um roqueiro: “o rock é a única forma de expressão da minha geração.”
Foi considerado por Carlos Drummond de Andrade o maior poeta dos anos oitenta.
... E tudo viraram cinzas jogadas num jardim florido.

Urbana Legio Ominia Vincit