terça-feira, 14 de junho de 2011

Utopia

Estou farto da desigualdade
Da desigualdade social
Da desigualdade intelectual que faz o país rastejar
Estou farto desta desigualdade de justiça
Abaixo aqueles que disseram: Tudo irá mudar!
Todas as promessas de cara polida promessas não cumpridas
Todas as construções superfaturadas e canções censuradas
Todos os hipócritas que fingem não ver
Estou farto da desigualdade aparente
Status
Dinheiro
Poder
De toda a desigualdade sem precedentes
De resto não me queixo da desigualdade de pensamentos
Daqueles que discutem uma solução e criam opinião
Quero antes a desigualdade de amores
A desigualdade cotidiana para não virar rotina
A desigualdade do sol e da lua para que não seja apenas dia ou apenas noite
A desigualdade para escolha sem privações impostas
Não quero mais saber da desigualdade que não é opção.



Baseado na estrutura de Poética de Manuel Bandeira
Escrito por: Thalita Rangel

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